quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Darren Doherty, serrando com a Logosol M7

Neste vídeo, o meu professor de Agricultura Regenerativa, Darren Doherty, usa uma Logosol M7 para obter tábuas de um cedro, na propriedade "Taranaki Farm", em Victoria, Australia.

Se serve para o Darren, serve para mim! ;-)

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Foi assim o Workshop sobre colmeias Top Bar

Quando a Laura Williams, do Projecto Vida Desperta me sondou no sentido de aferir da viabilidade de organizar um Workshop sobre colmeias Top Bar com o apicultor e autor americano, Les Crowder, a minha resposta foi, logo, "podes contar comigo!"
Quando a realização do workshop se confirmou, reuni um grupo de 6 amigos que, no dia 20 de Setembro, se juntaram a mim, e lá fomos até à Quinta da Misarela, em Benfeita, Arganil, para aprender mais um pouco, da boca deste experiente apicultor.

A aula decorreu no exterior, num espaço muito agradável, como se pode ver na imagem, junto ao ribeiro que atravessa a quinta. Encontrámos muitas caras conhecidas, fizemos novos amigos e, em alguns casos, pudemos, finalmente, associar uma cara a uma voz, ou a alguns e-mails trocados tempos atrás.

Acima de tudo, Les Crowder mostrou-se um comunicador nato, perfeitamente ciente da matéria de que falava.

Les Crowder revelou uma experiência ímpar, de muitos anos, na utilização deste tipo de colmeia, com resultados muito interessantes.

Há vários modelos Top Bar. Este foi construído pelo Marko Maitz, com base no modelo desenvolvido por Phil Chandler.

No apiário, onde existem várias colmeias Top Bar. Na imagem, uma experiência do Marko com a colocação de uma alça.

Como a colmeia Top Bar não utiliza quadros, onde a cera é fixa através de arames, usando, antes ripas a partir das quais as abelhas constróem o seu favo, é necessário cuidado no manuseamento dos favos.

Sim, esta é a maneira mais segura de os manusear. É de evitar fazê-lo nos dias de maior calor, pois será muito fácil partir um favo onde poderá existir, por exemplo, criação. Sei do que falo, acreditem!

Um aspecto da aula, no apiário.

É assim que o Les Crowder colhe o mel das várias centenas de colmeias que gere. Em Portugal, como na maioria do Mundo Ocidental, fazemos a cresta uma ou duas vezes ao ano, tratando, em alguns casos, milhares de quilogramas de mel de uma só vez. Les divide esse esforço ao longo do ano, recolhendo, em cada vizita que faz a uma colmeia, o mel que pode ser recolhido, sem precisar de preocupar com a gestão das alças e quadros que se esvaziam na cresta, nem com extractores, ou mesmo prensas para opérculos, obtendo e comercializando o seu mel muito antes do que a maioria dos outros apicultores, e obtendo, muito facilmente, méis monovarietais de elevado valor acrescentado.
No apiário da Quinta da Misarela existem, igualmente, dois outros tipos de colmeia frequentemente utilizados em apicultura naturalista, como a colmeia Warré (à frente) e a colmeia Perone (atrás), usada em permapicultura.
 
As Warré, clássicas.
Uma colmeia Perone II, enorme. De notar as 3 alças, o único espaço que é violado pelo apicultor.

Permapicultura na Misarela.
 
Também tivemos a oportunidade de apreciar as belas hortas existentes na Quinta da Misarela, desenvolvidas pela Laura e pela Annelieke van der Sluijs, e onde, nos dois dias seguintes, decorreu um workshop sobre horticultura permacultural.

Enquadramento da quinta na Serra do Açor, com os dois simpáticos burros que lá vivem em primeiro plano.

Saldo do dia: valeu a pena o investimento e a deslocação até Benfeita e à Quinta da Misarela? Se valeu! A minha experiência pessoal com as colmeias Top Bar, com as quais só tive, até à data, alegrias, abriu-me as portas a um tipo de apicultura mais limpo, mais agradável, descontraído, e, acima de tudo, mais amigo das abelhas. Este workshop veio validar essa impressão.

Agradeço à Laura e ao Marko, por terem organizado este workshop, aos amigos que me acompanharam nesta aventura, pelos momentos bem passados, e ao Les Crowder, por me ajudar a confirmar que este é o método de apicultura que desejo seguir.